Diante de tanto caos, os olhos não sabem mais o que enxergam. Em um dia caloroso de verão, os pensamentos se misturam com sensações sombrias, inquietude e desesperança.Neste dia tão funesto, o infortúnio se apresenta convidativo à reflexão.Àquela que você teima em não fazer.Todo mundo sabe quando erra, mas todos fingem não saber; com o passar dos anos, o coração vai ficando causticado, enfraquecido de tantos tombos, tantas batalhas, tanto luto. Mas, hoje, especialmente neste exato momento, não sei como deveria ser a primavera dentro de mim, caso ela existisse. Aflijo-me só de pensar que alguém vai desvendar meus medos, meus mistérios, meus segredos...A dor ao contrário do que eu pensava, é algo que nos faz ver o que o sorriso não é capaz de nos ensinar.Somos todos inexoravelmente humanos, mortais, defeituosos.Nosso caráter se amofina diante de cada oportunidade vil e vamos ignorando a nós mesmos.Sentir é difícil, ainda mais quando se sente dor.Sofrimento é opcional, já nos disse um anônimo poeta e que a dor é inevitável.Sinto-me no dever de admitir que não há opção quando se sente dor.A dor nos faz bem, embora não acreditemos nisso! Decerto ninguém gosta de sofrer, de chorar, entretanto, é preciso reconhecer que os 'ais' do nosso coração são nossa maior fonte de aprendizado, embora doa tanto...
Hoje, é um dia assim: calmo, funesto, imensurável e doloroso.Lembranças doem mais do que qualquer dor física.E, quando lembramo-nos disso, percebemos que fracassamos irremediavelmente porque o passado não volta mais!O que nos resta é o agora, por mais improvável que pareça...Por que caso não saibam, caro leitor: a vida dá a lição antes da aula.
Virgínia Carvalho
(para aqueles que sentem,perdem e melhoram)
"Inexoravelmente chegam lá!"
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