Impressionante o quanto somos complicados, duvidosos e
bipolares. A verdade dói, sabe...mas, a mentira corrói ainda mais. A realidade
faz a máxima universal parecer história da carochinha : não faça com os outros
aquilo que você não quer que seja feito com você. E o nosso mundo é realmente
muito hipócrita, pois aprendemos desde cedo que devemos mesmo é ‘revidar e
bater no coleguinha da escola, se não quiser apanhar de novo quando chegar em
casa’. Ensinamos valores que não possuímos há tempos. A dor de um beliscão é
imediatamente diminuída quando se devolve o ‘afago’, o preço de uma vidraça
quebrada, só sabe quem já quebrou uma. Os bons ainda existem, sim. Não percamos
a esperança, mas não percamos também a sensatez em admitir que somos
inexoravelmente aquela pedrada que atiramos de volta. E o efeito bumerangue?
Este, sim...começa a fazer sentido quando somos desafiados e dançam em cima da
nossa magnífica inteligência. Aos enganados, a redenção; aos enganadores, a
sensação de que estarão sempre tirando vantagem, quando na verdade, estão
apenas atirando no próprio pé e não sabem. Posso não saber o que quero, mas sei
exatamente o que não quero!
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